quinta-feira, 23 de julho de 2015

Phantasm

Pois  que  minha sombra
não  é a  medida  de mim.
Seja  sob o  sol ardente
ou a  bruxuleante luz  do  corredor,
que me  agiganta
e  distorce  o  porte
feito  fantasma  fosse.

Conviva  com isso,
mulher!
Encolho-me.

Quem é  esta  que  vigia
o  tempo no  espelho,
presa  no  reflexo da  razão?

Quem é  esta que ignora
o relógio  no  peito,
presa nas teias  dos  sentidos?

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