Quando a chuva passa
não há crianças na praça.
mas retornam os hóspedes habituais.
Aos poucos ele se aconchegam
em pequenos grupos
e os bancos, ainda úmidos,
são ocupados por corpos
alquebrados , uns ,eretos , outros.
E mesmo aguados, os olhos
se buscam , se procuram
e os parceiros se encontram
e se riem à toa como
quando infantes faziam.
A praça é um porto seguro.
E lá se deixam ficar
até os últimos raios de sol
não conseguirem mais ultrapassar a barreira das ervas de passarinho
que tomou conta do copa das árvores.
E quando a sombra fria da noite
descer sobre a cidade,
a praça quedará vazia e silenciosa de risos,
Amanhã, amanhã,
seu espírito há de retornar,
Quem sabe, com o sol, as criança também
Nenhum comentário:
Postar um comentário